quarta-feira, 6 de junho de 2012

Máscaras

Completamente perdida, sem rumo. Apenas um mar turbulento de sentimentos e uma garota que se esqueceu de como nadar. Quisera ela conseguir mandar um SOS, gritar, chamar. Mas já não importavam seus gritos. Ninguém queria ouvir, todos fechavam seus ouvidos para o seu desespero. Ela chorava, mas quem poderia ver as suas lágrimas naquela escuridão tão densa? Seus gritos emudecidos pelo vácuo de seu coração. 

E se ela fosse libertada? Ela se lembraria de como é viver? Difícil mesmo seria entender porque ela nem transparecia o tanto que sofria, pois escondia ao estampar um sorriso, aparentemente, genuíno no rosto. Era difícil perceber. Porque ela era tão transparente, ou pelo menos parecia, que ninguém duvidava disso. Quem teria a mente suficientemente calra para enxergar através da máscara, para ver além das aparências, para enxergar a verdadeira essência? Um fingidor, um mascarado, um ator. 

Ele apareceu, ele percebeu, ele leu a sua alma, eles se descobriram, descobriram um pouco de si, um no outro. Eles se afastavam, mas era só o coração de um dos dois reclamar que um estaria lá para o outro. E nada precisava ser dito para um saber do que o outro precisava. Eles sempre tinham uma palavra amiga, um abraço carinhoso e uma mão para dar. Se conheciam, se entendiam. Não, eles não se completavam. Mas um nunca desistiu do outro, a rotina poderia até ser cansativa, mas algo os fazia ficar juntos. Eles poderiam contar um com o outro até nos piores momentos, principalmente nos piores momentos. Eles nem diziam "eu te amo". Talvez porque fosse muito óbvio. 

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