sexta-feira, 25 de outubro de 2013

25/10/2013

Completamente perdida, sem rumo. Apenas um mar turbulento de sentimentos e uma garota que se esqueceu de como nadar. Quisera ela conseguir mandar um SOS, uma mensagem, mas já não importavam seus gritos. Ninguém queria ouvir. Ouvidos fechados para seu desespero, ela chorava, mas quem poderia ver suas lágrimas naquela escuridão toda? Seus gritos emudecidos pelo vácuo do coração.
E se ela fosse libertada? Lembraria de como é viver? Difícil mesmo seria entender porque ela nem transparecia. O tanto que sofria, escondia com um sorriso, aparentemente, genuíno no rosto. Era difícil perceber porque ela parecia tão espontânea, tão verdadeira. Não é que ela não sorrisse por felicidade nunca mas uma parte dela parecia estar trancada num porão escuro, com a companhia apenas dos ratos.
Quem teria a mente suficientemente clara para enxergar através da máscara, para ver além das aparências, para enxergar a essência? Só um fingindor, seu similar, seu igual.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Sinfonia da Destruição da Fênix

Vamos celebrar! Vamos celebrar a maravilha que é a vida, a complexidade humana! Vamos celebrar todos os falsos sorrisos, o ‘bom dias’ vazios, os olhares sem vida, as vidas sem sentido, os sonhos esquecidos, o relógio controlador, o trabalho que não motiva, o amor que machuca, o pai que abandona, a criança com fome, a cobertura do político, o barraco no morro do trabalhador. Vamos celebrar a ‘justiça’ que existe. Vamos celebrar o céu, os pássaros, as árvores, vamos celebrar o sol e a chuva. Vamos celebrar o mundo que nós fazemos questão de detonar. Aproveite o último raio de sol, aproveite a última refeição porque essa noite, como em todas as outras noites, o mundo há de acabar.

Sinto informar que para minha frustração, as chances de que nós acordemos pela manhã e encontremos o mundo da mesma forma que o deixamos quando fomos dormir são muito altas. Mas há uma pequena chance, à qual eu me agarro e na qual deposito todas as minhas esperanças, de que alguém, em algum lugar do mundo, assim como eu, acordará e tentará mudar o mundo.