segunda-feira, 25 de março de 2013

Sinfonia da Destruição da Fênix

Vamos celebrar! Vamos celebrar a maravilha que é a vida, a complexidade humana! Vamos celebrar todos os falsos sorrisos, o ‘bom dias’ vazios, os olhares sem vida, as vidas sem sentido, os sonhos esquecidos, o relógio controlador, o trabalho que não motiva, o amor que machuca, o pai que abandona, a criança com fome, a cobertura do político, o barraco no morro do trabalhador. Vamos celebrar a ‘justiça’ que existe. Vamos celebrar o céu, os pássaros, as árvores, vamos celebrar o sol e a chuva. Vamos celebrar o mundo que nós fazemos questão de detonar. Aproveite o último raio de sol, aproveite a última refeição porque essa noite, como em todas as outras noites, o mundo há de acabar.

Sinto informar que para minha frustração, as chances de que nós acordemos pela manhã e encontremos o mundo da mesma forma que o deixamos quando fomos dormir são muito altas. Mas há uma pequena chance, à qual eu me agarro e na qual deposito todas as minhas esperanças, de que alguém, em algum lugar do mundo, assim como eu, acordará e tentará mudar o mundo.